O dólar perde força frente a uma série de moedas ao redor do mundo nesta segunda-feira (21) após Donald Trump falar, na semana passada, sobre a possibilidade de demissão do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.O índice DXY, que mede o desempenho do dólar norte-americano frente a uma cesta de divisas globais, chegou a 97.921 pela manhã, o nível mais baixo desde 2022.O nível de liquidez é reduzido nesta segunda-feira, já que muitos mercados permanecem fechados por conta da Páscoa, como é o caso das bolsas de Hong Kong e Austrália.Trump sobe o tomDesde o início de seu mandato Trump tem feito críticas contra Powell e sua atuação frente ao banco central americano. Contudo, nas últimas semanas, o republicano elevou o tom.Na quinta-feira (17), Trump falou abertamente sobre uma eventual demissão do presidente do banco central americano. Segundo Trump, Powell deixará o comando da autoridade monetária “se eu pedir para ele”.Já no dia seguinte, sexta-feira (18), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que o presidente Donald Trump e sua equipe estudarão o assunto quando questionado se demitir o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, é uma opção.“O presidente e sua equipe continuarão a estudar o assunto”, disse Hassett a repórteres na Casa Branca em resposta a uma pergunta.Alertas de PowellO presidente do banco central americano tem alertado sobre o impacto das tarifas na economia dos EUA.Na semana passada, Powell avaliou que o conflito comercial pode colocar o Federal Reserve em uma situação difícil que não se via há cerca de meio século.“O nível dos aumentos tarifários anunciados até agora é significativamente maior do que o previsto“, disse o chefe do banco central em comentários preparados para um evento organizado pelo Clube Econômico de Chicago.“Podemos nos encontrar no cenário desafiador em que nossos objetivos de duplo mandato estão em tensão”.Nesta segunda-feira, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que a independência da instituição é essencial para controlar o desemprego e a inflação dos Estados Unidos. Acompanhe Economia nas Redes Sociais
