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Casa Branca vê mudanças recentes de Harvard como positivas, mas exige mais

por Leo Lopes
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A Casa Branca caracterizou as medidas recentes da Universidade de Harvard como “positivas”, mas sinalizou, nesta quarta-feira (30), que a universidade precisa fazer mais para reprimir o que considera antissemitismo no campus para que o financiamento federal seja desbloqueado — e até sugeriu que mais dinheiro poderia ser cortado.

“O que estamos vendo não é suficiente, e provavelmente haverá cortes adicionais de verbas. Então, não estamos discutindo abrir a torneira novamente. Não estamos. A torneira está fechada, na verdade, está ficando mais apertada agora”, disse um funcionário da Casa Branca à CNN quando questionado sobre as ações recentes de Harvard.

“Mas há uma possibilidade, uma possibilidade muito clara, uma situação muito real em que, sabe, eles podem se comprometer com o que estamos pedindo – pedidos razoáveis. Não se trata de algo irracional, em que poderíamos ter uma conversa sobre financiamento”, acrescentou.

No início deste mês, a Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo do governo federal congelou mais de US$ 2 bilhões em financiamento federal para a instituição da Ivy League. Harvard processou o governo Trump por conta do congelamento na semana passada.

A expectativa é que o governo Trump se comunique formalmente com Harvard novamente nos próximos dias.

No início desta semana, Harvard anunciou que está renomeando seu “Escritório para Equidade, Diversidade, Inclusão e Pertencimento” (DEI, na sigla em inglês) para “Comunidade e Vida no Campus”.

A universidade também disse que não iria mais sediar ou financiar celebrações de grupos durante a formatura, de acordo com o The Harvard Crimson, periódico estudantil da universidade.

Na tarde de terça-feira (29), Harvard divulgou dois relatórios internos: um sobre como o antissemitismo e o preconceito contra Israel são tratados no campus, e outro sobre o preconceito antimuçulmano, antiárabe e antipalestino.

“É um passo positivo para reconhecer a verdade e reconhecer que os direitos civis precisam ser priorizados”, disse o funcionário da Casa Branca.

“De forma alguma este é o passo final que eles precisam dar para resolver todas as mudanças que precisam fazer no campus. Mas se esta for a maneira deles de se esforçarem de boa-fé, estaremos aqui para monitorar e garantir que isso seja levado adiante.”

A autoridade sugeriu que o governo estaria observando para ver se há algo significativo na mudança de nome: “Trocar DEI por outro nome que ainda seja DEI — isso não vai funcionar”.

Mas o governo acredita que a universidade está começando a entender que precisa trabalhar com o presidente Donald Trump.

“Harvard percebe que, embora eles queiram jogar duro, é do seu interesse trabalhar com o presidente dos Estados Unidos e o governo, e acho que essa é a maneira deles de indicar que estão vacilando — e que eles irão relutantemente se sentar à mesa pelo bem do futuro de sua universidade”, disse a autoridade.

A CNN entrou em contato com a Universidade de Harvard para comentar.

A autoridade também rejeitou as conclusões do relatório de Harvard sobre preocupações com preconceito antimuçulmano, antiárabe e antipalestino.

O relatório descobriu que professores e alunos muçulmanos, árabes e palestinos de Harvard relataram, em sua maioria, sentir-se “abandonados” e “ativamente silenciados” ao expressarem preocupações com o crescente número de mortos e a crise humanitária em curso em Gaza.

A CNN apurou que, em quase todas as áreas de preocupação, os estudantes judeus relataram maiores níveis de desconforto e alienação do que os estudantes cristãos, ateus e agnósticos, mas níveis mais baixos do que seus colegas muçulmanos, de acordo com o relatório sobre antissemitismo.

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