O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar a conduta do médico Alberto Birman. O especialista é suspeito de perfurar o intestino e o fígado de uma paciente, há dois meses.Segundo o Cremerj, o procedimento é sigiloso e segue os critérios do Código de Processo Ético-Profissional.No dia 15 de março, Cássia Correa Avelar, de 59 anos, foi submetida a uma lipoaspiração em um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital. De acordo com a família, após o procedimento, Cássia sentiu fortes dores e chegou a questionar a equipe médica se era normal, ouvindo como resposta que as dores fazem parte do processo pós-cirúrgico.Entretanto, o estado de saúde dela se agravou e a paciente foi transferida para o Hospital Naval Marcílio Dias, onde permanece internada em estado grave. Na unidade, foram constatadas perfurações no intestino delgado e no fígado.O caso é investigado pela 16ª DP, que apura o crime de lesão corporal e continua realizando diligências. Entre as pessoas que já foram ouvidas, estão o médico Alberto Birman, a filha dele — que também participou da cirurgia — e profissionais responsáveis pelo hospital onde a lipoaspiração foi feita.Aos investigadores, o sócio do hospital afirmou que a unidade foi alugada para a realização da cirurgia e que o local tinha todos os instrumentos necessários para o procedimento.Em nota, a defesa de Alberto Birman lamentou o ocorrido e afirmou que o cirurgião plástico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia há mais de 30 anos, já tendo feito mais de mil cirurgias.A defesa informou, ainda, que o ato cirúrgico seguiu os padrões preconizados pela boa prática, mas que intercorrências podem ocorrer.Acompanhe as principais notícias nacionais em tempo real na CNN.
Cremerj abre sindicância para apurar conduta de cirurgião suspeito de perfurar intestino e fígado de paciente
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