A Sinovac, empresa chinesa responsável por fornecer a vacina Coronavac contra a Covid-19 para o Brasil durante a pandemia, quer fortalecer sua presença no Brasil e investir na produção local de vacinas em nosso país.Em entrevista à CNN durante visita ao Brasil, o vice-presidente da companhia para a América Latina, Weining Meng, destacou o interesse da empresa em diminuir o tempo de transferência de tecnologia para acelerar o processo de produzir vacinas localmente.“Temos muita experiência, e também podemos trazer nossos outros parceiros para construir rapidamente as instalações de produção. E também já temos muita experiência em produzir em grande escala, o ‘know-how’ tecnológico, trabalhando em conjunto com um parceiro local”, disse Meng, relembrando o trabalho em conjunto com o Instituto Butantan durante a pandemia.A Coronavac, primeira vacina contra o novo coronavírus aprovada pela Anvisa durante a pandemia, foi produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.“Então, podemos construir rapidamente, terminar rapidamente a construção e fazer rapidamente a transferência de tecnologia”, acrescentou. “Normalmente, a transferência de tecnologia da vacina demora 10 anos, mas estamos muito confiantes em encurtar esse período.”A empresa já obteve sucesso em diminuir esse prazo em outros países. Utilizando esse mesmo modelo de transferência tecnológica, a Sinovac concluiu o processo de construir uma fábrica e obter certificação regulatória na Turquia em apenas 14 meses.“Ao diminuir o período de construção e o período [de transferência] tecnológica, podemos encurtar o prazo para talvez 5, 6, ou 7 anos, e realmente começar a produzir a vacina localmente aqui”, acrescentou Meng.A Sinovac anunciou, em junho do ano passado, a intenção de investir US$ 100 milhões em pesquisa, desenvolvimento e produção local no Brasil. A empresa já possui um acordo em andamento com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), mas também busca colaborar e estabelecer outras parcerias com instituições públicas e privadas.“Tenho uma consciência muito forte de que o Brasil é um grande país, com uma grande população, que já tem condições muito boas para indústrias farmacêuticas. Queremos trabalhar em conjunto com institutos públicos e privados. Também estamos dispostos a trabalhar em conjunto com a Anvisa. Finalmente, fazer uma boa preparação para a próxima pandemia“, disse Weng.Vacina da USP contra Covid-19 tem resultados promissores em testes
VP da Sinovac: Trabalhamos para encurtar período de produção de vacinas
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