O governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira (24) que vai tirar de sigilo documentos relacionados às atividades militares e de guerrilha entre 1976 e 1983, o período da ditadura militar no país.
“Esta administração sustenta que o que aconteceu no passado deve permanecer nos arquivos da história, não na Secretaria de Inteligência do Estado. É por isso que ele põe fim à opacidade que cercou os documentos durante décadas e os torna disponíveis à sociedade”, destacou o escritório da Presidência em nota.
Segundo a nota da administração federal, o reconhecimento do passado e a liberdade de discuti-lo são condições essenciais para “construir um futuro onde a história seja história e não uma narrativa política partidária”.
Nesta segunda-feira, 24 de março, é relembrado o início da ditadura no país. Na mesma data, em 1976, houve um golpe das Forças Armadas argentinas.
Para relembrar o período, nesta data também é celebrado o Dia Nacional em Memória da Verdade e da Justiça.
“Em uma data como esta, nós, argentinos, devemos valorizar a paz alcançada pela democracia e reafirmar nosso compromisso com a comemoração integral, sem omissões ou distorções políticas”, conclui a nota.
