Após o fim do período de festas e do Carnaval, chega o momento de colocar os planos em prática. Um ponto importante na vida dos casais é o momento de ter filhos. Uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que 90% das mulheres pretendem ter filhos, logo não podemos deixar de pensar sobre esse assunto.Qual seria um tempo ideal antes de procurar ajuda? Para casais em que a mulher tem idade inferior a 35 anos e ciclos menstruais regulares (intervalos entre 25 e 40 dias), podemos aguardar um ano antes da avaliação médica, recomendando-se uma frequência de duas a três relações por semana. A utilização de testes de urina para determinar o momento da ovulação pode ser imprecisa, porém uma frequência adequada de relações garante que o período fértil, de 4 a 5 dias no mês, não seja perdido.Para casais em que a parceira tem entre 35 e 39 anos, recomenda-se aguardar seis meses de tentativas antes de buscar um especialista. Já para mulheres com idade igual ou superior a 40 anos, recomenda-se procurar avaliação após três meses de tentativas.Hábitos que ajudam na fertilidadePara casais que desejam engravidar, reduzir o consumo de álcool, buscar o peso ideal, cessar o tabagismo e o uso de drogas recreativas, bem como diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados, pode tornar a jornada mais curta. Da mesma forma que a suplementação de ácido fólico, vitamina D e outros nutrientes pode ser importante para muitos pacientes, devemos também tomar cuidado com exageros que podem levar à hipervitaminose ou até intoxicações causadas por vitaminas em excesso.Caso seja detectado algum problema na fertilidade do casal, há diversos tratamentos disponíveis, como medicamentos, cirurgias ou técnicas de reprodução assistida (inseminação e fertilização in vitro), permitindo que muitos casais consigam realizar o sonho da gestação.Para mulheres que passaram dos 30 anos e pensam em ter filhos futuramente, o congelamento de óvulos ou embriões (com auxílio de banco de sêmen) pode garantir boas chances de gestação no futuro, sendo uma opção que deve sempre ser considerada. Exames de sangue e ultrassonografia permitem uma boa avaliação da quantidade de óvulos disponíveis em cada fase da vida, a chamada reserva ovariana.Para pessoas que precisarão passar por tratamentos que possam afetar a fertilidade, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, é essencial o aconselhamento com um especialista em reprodução humana sobre a possível preservação de sêmen, óvulos ou embriões, garantindo chances futuras de gestação após o tratamento.Quem sabe 2025 será o ano do planejamento reprodutivo? Só depende de você.*Texto escrito pelo ginecologista Dani Ejzenberg (CRM: 100673), especialista em Reprodução Assistida e médico da Nelo Frantz – Clínica de Medicina ReprodutivaClamídia, gonorreia e outras ISTs podem causar infertilidade; entenda
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