O Brasil enfrentou um impacto relativamente menor com as tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (2), segundo análise do diretor-executivo para as Américas do grupo Eurasia, Christopher Garman.Enquanto produtos brasileiros receberam uma tarifa de 10%, outros países, principalmente na Ásia, sofreram com alíquotas entre 25% e 49%. Segundo o diretor da Eurasia, essa nova realidade econômica global apresenta desafios significativos para o Brasil, apesar do aparente benefício inicial com as tarifas mais baixas.Garman alerta que, em um mundo com tendência à maior fragmentação, inflação elevada e menor crescimento, o Brasil também sofrerá as consequências negativas.O analista pondera que, embora o Brasil possa parecer em vantagem relativa, é necessário cautela ao afirmar que o país foi um “ganhador” neste cenário. Ele aponta dois motivos principais para essa precaução: o risco de novas medidas tarifárias e a deterioração das relações políticas.A possibilidade de futuras medidas tarifárias contra o Brasil ou outros países da América do Sul não foi completamente descartada, avalia Garman. Para ele, o governo americano mantém seu foco em implementar uma política de restrições a investimentos chineses na região, o que pode gerar atritos nas relações entre Brasil, China e Estados Unidos.Para Garman, as relações políticas entre Brasil e Estados Unidos “não poderiam estar piores”. Garman cita o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um fator complicador.O analista ressalta que as tarifas recíprocas de Trump representam uma ruptura na ordem comercial global. O maior perigo, segundo ele, é um possível desaquecimento mais profundo da economia internacional, cenário no qual “ninguém ganha em termos relativos”.Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais. Acompanhe Economia nas Redes Sociais
Análise: Como fica o Brasil após tarifaço do governo Trump
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