O clube de futebol São Paulo informou, na tarde deste sábado (5), que o volante Luiz Gustavo está internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, com tromboembolismo pulmonar — também conhecido como embolia pulmonar.A doença acontece quando há a formação de um coágulo na circulação venosa do paciente, conhecido como de trombose, que migra pelos vasos sanguíneos do corpo até atingir o pulmão e obstruir uma artéria do órgão, segundo o pneumologista Humberto Bogossian, especialista do Hospital Albert Einstein.O coágulo entope uma artéria do pulmão e impede a circulação sanguínea na região da obstrução. Além disso, pode atingir várias áreas do órgão.“Naquela região acometida, o sangue não vai passar e não vai haver troca de oxigênio, além de uma menor área no pulmão para ocorrer a troca de gases: uma área do pulmão não receberá sangue para fazer a troca dos gases, que é absorver oxigênio e eliminar gás carbônico”, explicou ele.O grande problema da embolia pulmonar é a sobrecarga que ela causa no coração, segundo o pneumologista Marcelo Jorge Jacó, coordenador da Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e a Tisiologia (SBPT). Afinal, o ventrículo direito, responsável por bombear sangue para o pulmão, precisa fazer isso para artérias que estão obstruídas.“(Sem coágulos) A resistência da artéria pulmonar era pequena, mas a artéria está obstruída na embolia, criando uma resistência maior na forma súbita da doença. (Ou seja) Não dá tempo de o coração se adaptar à enfermidade”, explica Jorge Jacó.O diagnóstico de embolia pulmonar, ou tromboembolia, é feito após uma angiotomografia de tórax — um exame de imagem que permite visualizar os vasos sanguíneos do corpo.Quais são os sintomas e causas do tromboembolismo pulmonar?A doença pode ser assintomática, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, ou apresentar sintomas como uma falta de ar súbita seguida por dor ao respirar, ou até tosse com secreção e sangue. Os pacientes mais graves ainda podem apresentar febre ou até desmaios.Pacientes internados, acamados ou imobilizados por longos períodos podem desenvolver embolia pulmonar. Por isso, tomam medicações para prevenir a doença. Outros grupos de risco envolvem pessoas com câncer, idosos e até pessoas grávidas — pouco antes ou logo após o parto.O tromboembolismo pulmonar também pode não ter uma causa definida. “Essa população tem maior incidência de ter novamente. Nesses casos, essas pessoas podem ter que fazer tratamento para o resto da vida”, diz Marcelo Jorge Jacó.Tratamentos para embolia pulmonarO tratamento principal, segundo o pneumologista André Nathan, do Hospital Sírio-Libanês, acontece por meio de medicamentos anticoagulantes. “São medicamentos que impedem a formação de novos coágulos, evitando assim novas tromboses, o local onde o coágulo se forma, e novas embolias”, explica ele à CNN.Em casos mais graves, são usados trombolíticos — medicamentos que dissolvem o coágulo. “São eficientes, porém aumentam muito o risco de sangramento (hemorragia). Por isso, são usados só em casos específicos e mais graves”, finaliza o médico.Veja hábitos que trazem risco de desenvolver câncer de pulmão
Jogador é diagnosticado com tromboembolismo pulmonar; conheça doença
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