LOGO PRIMEIRA MAO
Lar Mundo Trump diz que Harvard pode perder isenção fiscal por rejeitar exigências

Trump diz que Harvard pode perder isenção fiscal por rejeitar exigências

por Leo Lopes
0 comentários
trump-diz-que-harvard-pode-perder-isencao-fiscal-por-rejeitar-exigencias

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta terça-feira (15), que a Universidade Harvard pode perder seu status de isenção de impostos e ser taxada como uma entidade política depois que a universidade rejeitou as exigências de seu governo.

“Talvez Harvard devesse perder seu status de isenção fiscal e ser taxada como uma entidade política se continuar promovendo a “Doença” inspirada em política, ideologia e terrorismo?, afirmou em uma publicação na Truth Social.

O governo de Donald Trump anunciou na segunda-feira (14) o congelamento de US$ 2,2 bilhões em subsídios anuais e US$ 60 milhões em valor de contrato anual da Universidade de Harvard depois que a instituição rejeitou uma carta da administração republicana que exigia a eliminação dos programas de diversidade, equidade e inclusão.

A Universidade de Harvard recebeu uma carta de uma força-tarefa federal na semana passada, descrevendo exigências políticas adicionais que “manterão o relacionamento financeiro de Harvard com o governo federal”. Em um comunicado, o reitor Alan M. Garber informou oficialmente que o acordo proposto não seria aceito.

“Informamos o governo, por meio de nossa assessoria jurídica, que não aceitaremos o acordo proposto. A universidade não abrirá mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais”, falou.

O governo Trump ameaçou inúmeras faculdades nos Estados Unidos com cortes de financiamento caso não fossem feitas mudanças nas políticas escolares, e a decisão de Harvard marca a primeira vez que uma universidade de elite repreende a Casa Branca por essas imposições.

Entre as exigências da carta do governo, estão a eliminação dos programas de diversidade, equidade e inclusão, a proibição do uso de máscaras em protestos no campus, reformas na contratação e admissão baseadas em mérito e a redução do poder de professores e administradores “mais comprometidos com o ativismo do que com o conhecimento acadêmico”.

As mudanças propostas são o esforço mais recente da força-tarefa federal para combater o antissemitismo nos campus universitários após uma série de incidentes complexos em todo o país em resposta à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

Garber afirmou que a maioria das demandas “representa regulamentação governamental direta das ‘condições intelectuais’ em Harvard”, além de se posicionar contra a interferência do governo no funcionamento interno das universidades: “Nenhum governo — independentemente do partido no poder — deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, disse.

você pode gostar