O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, brincou que o ministro Flávio Dino era candidato a papa, após o ex-ministro da Justiça citar a bíblia durante uma descontração na sessão de julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o chamado “núcleo 2” do plano para um golpe de Estado.“Vossa Excelência é candidato a papa. Eu percebo uma certa…[tendência]”, disse Moraes após Flávio Dino fazer uma referência ao antigo testamento da bíblia.O relator apresentava seu voto para aceitar ou não a denúncia da PGR, quando foi interrompido por Dino, que mencionou a importância de Moraes falar sobre os “juristas” da internet.Logo em seguida, Dino foi interrompido pela ministra Cármen Lúcia, que também quis falar sobre o tema.Veja o diálogoDino: “Quanto a essas fake news, Vossa Excelência tem total razão e acho muito mais constrangedor quando se trata de pessoas que se autodenominam juristas”.Cármen: “Ás vezes Vossa Excelência está levando jurista como se fosse o profissional do saber jurídico, e às vezes juristas tem outras conotações, por exemplo, quem pega dinheiro a juros ou empresa, é jurista. É preciso também levar com cuidado, as palavras em português tem vários sentidos”.Dino: “E apenas para não deixar a bíblia de fora, quem empresta dinheiro a juros comete um pecado, segundo o antigo testamento”.Moraes: “Vossa Excelência é candidato a papa. Eu percebo uma certa…[tendência]”, disse em tom de brincadeira.JulgamentoNesta terça-feira (22), os cinco ministros da Turma julgam se aceitam ou não os argumentos da procuradoria para dar seguimento ao processo. Caso a denúncia seja acatada, seis denunciados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal.O “núcleo 2”, segundo a PGR, é um grupo que articulou ações a fim de “sustentar a permanência ilegítima” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.Papa FranciscoO papa Francisco morreu na madruga de segunda-feira (21), na Casa Santa Marta, uma casa de hóspedes perto da Basílica de São Pedro, onde morou desde sua eleição em 2013, segundo o porta-voz do Vaticano.A morte do papa foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano.Ele morreu aos 88 anos, após um AVC e falência cardíaca, segundo o Vaticano.Nas próximas semanas, 135 cardeais eleitores vão se reunir na Capela Sistina para definir quem sucederá o papa Francisco no comando da Igreja Católica.
Dino cita a Bíblia e Moraes brinca: é candidato a papa
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