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Kalil e convidados falam sobre avanços no tratamento do câncer

por gabrielamaraccini
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Atualmente, o câncer é uma das doenças que mais crescem no mundo: são cerca de 20 milhões de novos casos de câncer por ano. A expectativa, segundo especialistas, é que a incidência aumente ainda mais, chegando a 30 milhões de casos anuais.Quem fala sobre o assunto é o dr. Paulo Hoff, diretor da Divisão de Oncologia do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp). Ele é um dos entrevistados do Dr. Roberto Kalil no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (17), ao lado da Dra. Maria Del Pilar Estevez Diz, diretora de Corpo Clínico no Icesp. A entrevista foi gravada nos corredores do instituto.Na conversa, Kalil e os convidados falam sobre câncer, incidência e avanços na ciência a respeito de tratamentos e prevenção.Estimativas mostram que entre 30% e 50% dos casos de câncer no mundo poderiam ser evitados. “Sabemos que 10% dos casos de câncer estão associados a uma herança hereditária. Nos outros 20%, a hereditariedade é importante, mas não é decisiva”, afirma Hoff.Segundo o especialista, fatores externos também influenciam no risco de câncer, como a exposição ao sol e o tabagismo. “Outro ponto importante a ser discutido com a população é a obesidade, porque ela provoca um estado inflamatório no organismo e modifica o metabolismo de hormônios”, explica.Embora os cânceres mais comuns sejam o de pele, o de mama e o de próstata, o que tem preocupado muito os especialistas é o câncer colorretal.“No mundo inteiro, é crescente a incidência de câncer colorretal. É um problema porque a prevenção existe, mas ela não é feita pela população como um todo”, afirma Hoff. Segundo o oncologista, a colonoscopia é o principal exame preventivo. “O problema é que se hoje nós fôssemos fazer colonoscopia em todos os brasileiros acima de 45 anos, nós não teríamos nem médicos, nem equipamentos, nem estrutura para fazer isso”, afirma.Por outro lado, o exame de sangue oculto nas fezes, quando feito anualmente, pode ser uma boa alternativa para a detecção precoce do câncer colorretal. “Se o indivíduo fizer o teste de sangue oculto nas fezes anualmente, que é um teste barato, simples e fácil de fazer, você já reduz a mortalidade do câncer colorretal em 30%. E isso é factível para a população”, afirma.Além dos exames regulares, há uma série de medidas simples que podem ser tomadas para prevenir o surgimento de câncer. No caso do câncer de colo de útero, por exemplo, a vacina contra o HPV é a principal delas.“A vacina do HPV muda a história do câncer de colo de útero. O objetivo é transformar esse câncer em um câncer raro e, hoje, no Brasil, ele é a segunda ou terceira maior causa de morte por câncer, nas mulheres”, afirma Pilar. A especialista frisa que o imunizante reduz o risco não apenas do câncer de colo de útero, mas também do câncer de canal anal, câncer de orofaringe e câncer de pênis, por exemplo.“A melhor idade para vacinar são as crianças muito jovens, entre 9 e 14 anos, tanto meninas como meninos. Porque os meninos podem ter câncer de canal anal, de pênis, de orofaringe. E, além disso, eles são portadores do vírus, e podem ajudar nessa transmissão do vírus para elas”, orienta.Ainda assim, para quem tem o diagnóstico de câncer, os tratamentos avançaram muito e podem ser combinados, garantindo resultados muito melhores, segundo os especialistas. Por isso, é importante não ter medo do diagnóstico e procurar ajuda o quanto antes.“O tratamento oncológico é difícil, ele demanda do paciente, dos familiares e é longo. Então, é importante que o paciente esteja engajado”, finaliza Hoff, reforçando a necessidade de cuidar, também, da saúde mental.O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 17 de maio, às 19h30, na CNN Brasil.Câncer colorretal só acontece em idosos? Desvende 4 mitos sobre a doença

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