Estpa quinta-feira (27), Xuxa conversou com Ana Maria Braga sobre sua calvície, causada pelo quadro chamado alopécia androgenética. O bate-papo foi noprograma “Mais Você” da Rede Globo.Um tipo de calvície, a alopécia androgenética é uma condição genética que leva ao afinamento progressivo dos fios e à perda capilar. Segundo a dermatologista Marcia San Juan Dertkigil, especialista em tricologia médica, a principal causa da condição é a ação do hormônio diidrotestosterona (DHT) nos folículos capilares, provocando sua miniaturização até a interrupção do crescimento.Nos homens, a queda geralmente ocorre na forma de “entradas” e diminuição dos fios no topo da cabeça, podendo evoluir para calvície total. Já nas mulheres, a perda é mais difusa, com alargamento da risca central do cabelo, mas sem formação de áreas completamente calvas.A dermatologista Fabiola Bordin, especialista em dermatologia pelo Hospital do Servidores do Estado do Rio de Janeiro, destaca que a predisposição genética pode vir tanto do lado materno quanto paterno. Além do fator genético, alguns hábitos agravam a condição, como tabagismo e exposição solar excessiva.Embora afete ambos os sexos, a alopecia androgenética é mais comum em homens devido aos níveis mais elevados de hormônios masculinos.Como tratar a alopecia androgenética?O tratamento envolve o uso de medicamentos como finasterida e minoxidil, que ajudam a retardar a progressão da doença e estimular o crescimento capilar. No entanto, esses medicamentos podem apresentar efeitos colaterais, como espessamento de pelos corporais, inchaço e, em alguns casos, impactos na libido e na função erétil.O transplante capilar é uma opção para casos avançados, mas deve ser combinado com o uso contínuo de medicamentos para manutenção dos resultados.A única maneira de evitar a progressão da doença e a calvície é fazendo o tratamento com medicamentos orais ou tópicos em casa e tratamentos de consultório. Eles fazem o folículo ficar “mais ativo”, aumentando a quantidade de fios e o seu volume.Procedimentos com laser, terapia regenerativa e eletroporação de medicamentos diretamente no couro cabeludo aceleram bastante a recuperação dos fios. “Muitas vezes, o paciente chega ao consultório achando que já precisa de implante capilar e conseguimos reverter o quadro”, afirma Bordin. O tratamento em casa é para a vida toda. Se o paciente suspende o uso dos medicamentos, o resultado desaparece em poucos meses.“Existem poucos laseres que realmente funcionam, mas estes poucos já geram grande resultado. E a infusão de medicamentos pela MMP ou pela eletroporação (sem uso de agulhas) é uma das grandes diferenças dos últimos anos”, acrescenta a especialista.“Finasterida e dutasterida devem ser evitados em pacientes com história de câncer de mama. Também podem gerar diminuição do volume espermático. Não geram infertilidade, mas, se o homem já tem um espermograma alterado, pode dificultar a chance de gestação. Estes efeitos não ocorrem apenas durante o uso do medicamento. Também são relatados (pequena chance, mas pode ocorrer) diminuição da libido e ereção”, alerta Bordin.Procedimentos complementaresAlém dos tratamentos medicamentosos, procedimentos como laser e infusão de medicamentos no couro cabeludo têm mostrado bons resultados nos últimos anos. Segundo Bordin, a aplicação direta dessas substâncias melhora a eficácia do tratamento e reduz os efeitos colaterais.Hábitos como o uso de shampoos adequados, alimentação balanceada e controle do estresse também podem ajudar a preservar a saúde capilar. O acompanhamento médico é essencial para definir a melhor abordagem para cada paciente.Queda de cabelo em excesso: conheça principais causas e soluções
Alopécia genética: entenda condição e por que afeta homens e mulheres
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